O dia 20 de novembro , morte de Zumbi - o líder guerreiro do Quilombo dos Palmares- , é dia especial de reverência para uma boa parcela dos afro- brasileiros. Embora a história oficial não o reconheça, a mais de uma década a data vem sendo lembrada e comemorada como o Dia Nacional da Conscência Negra.
Em vez de festa , alegria e comilanças como era de se esperar numa comemoração, o 20 de novembro é marcado por uma série de atos de protesto, debates e reflexões que se reproduzem em diferentes pontos do Brasil, animados pelas entidades do movimento negro organizado no país.
De acordo com elas , tais manifestações objetivam despertar o conjunto da sociedade para a situação de exclusão e marginalidade em que vive a maioria dos brasileiros de raízes africanas.
Uma realidade que só mudará quando for conhecida e reconhecida em todas as suas nuances.
Em vez de festa , alegria e comilanças como era de se esperar numa comemoração, o 20 de novembro é marcado por uma série de atos de protesto, debates e reflexões que se reproduzem em diferentes pontos do Brasil, animados pelas entidades do movimento negro organizado no país.
De acordo com elas , tais manifestações objetivam despertar o conjunto da sociedade para a situação de exclusão e marginalidade em que vive a maioria dos brasileiros de raízes africanas.
Uma realidade que só mudará quando for conhecida e reconhecida em todas as suas nuances.
Aqualtune teve filhos que se tornaram chefes de mocambos, Ganga Zumba e Gana Zona, e teve também filhas, e uma delas deu-lhe um neto, nascido quando Palmares esperava um ataque holandês. Os negros cantaram e dançaram muito, pedindo aos deuses que o menino crescesse bravo e forte.E, para sensibilizar o deus da Guerra, deram ao menino o nome de Zumbi.
Ainda bebê, Zumbi sobreviveu a um massacre, e um comandante o levou para Porto Calvo, deixando-o sob os cuidados do padre Melo.O padre acabou se tornando pai e mãe do bebê. Comprou uma escrava de seios fartos para amamentá-lo, batizou-lhe Francisco, porque "era manso e inteligente como o santo que conversava com os animais". Ensinou matemática, histórias da bíblia e latim a Francisco, que chegou a coroinha.
Enquanto Palmares cresce e se fortalece, também assim acontece com Zumbi, em Porto Calvo. Porém, aos quinze anos, resolve se emancipar e parte em busca de seu destino, e este estaria mata adentro, muitas léguas dali. Em algumas versões da história de Zumbi, ao chegar em Palmares, ele escolhe seu próprio nome. Aos dezenove anos, era chefe de um mocambo (ou aldeia). Ativo e muito instruído para a época, ganha a confiança de todos e é nomeado o comandante das armas pelo seu tio Ganga Zumba, na ocasião o líder supremo de Palmares.Nas lutas travadas entre os negros, em 1674, Zumbi surge como grande guerreiro, chefe valente, disposto a tudo. Nesse combate, o jovem chefe leva dois tiros, ficando coxo, mas continua a combater.
Seu nome e sua coragem começavam a virar lenda. Porém, alguns mocambos foram sendo derrotados e muitos negros acabavam por se entregar. Após Ganga Zumba ter aceito o acordo proposto pelo governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que dizia que os negros e índios nascidos em Palmares se tornariam livres, e os que fossem fugidos deveriam voltar a seus donos, ele volta feliz a Palmares, mas Zumbi não concorda.
Para ele, não se trata somente de viver livre, mas de libertar os ainda escravos. É a prudência e a sabedoria de Ganga Zumba contra a ousadia e o entusiasmo de Zumbi. Ganga Zumba é morto por envenenamento e a suspeita caiu sobre o próprio Zumbi, que ocupa o lugar do rei. Até mesmo os portugueses reconheciam : "Negro de singular valor, grande ânimo e constância rara".
Sua valentia era lendária dentro da cruel realidade de guerra, uma guerra onde os negros não conseguem mais armas ou pólvora, a não ser a que tomam do inimigo. O rei de Portugal ainda mandou oferecer as pazes a Zumbi duas vezes. Editais são espalhados por todas as vilas e vizinhanças. Poderia morar aonde quisesse, era só parar de lutar contra a escravidão: tem que ter escravo; sem escravo não tem açúcar, sem açúcar não tem Brasil, sem Brasil não tem Portugal.
Mas Zumbi pensava diferente: não precisa ter escravo; pode ter açúcar sem escravo, pode ter Brasil sem açúcar. E Portugal que se vire. Não havendo acordo, as lutas se acirraram. Zumbi resiste nas matas mês após mês, ano após ano. Em 1686, outro governador, nova tentativa. São vários grupos com mais de mil homens e com munição suficiente para uma guerra.
São comandados pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, que tomaria para si as terras de Palmares, caso conseguisse derrotar Zumbi. Foi uma guerra dura e sangrenta. Palmarinos haviam construído uma muralha enorme para proteger o quilombo, e do lado de fora, Zumbi mandou abrir um fosso, disfarçado com galhos e folhas. Quem tentava ser aproximar, caía lá dentro. Os palmarinos e suas mulheres, de cima das cercas, lançavam água fervente sobre os atacantes. De um lado para o outro, Zumbi gritava aos seus homens, convidando-os a morrer em liberdade.
Ele é baleado e mesmo assim continua lutando. Sua abnegada resistência levou a luta a se transformar em um massacre de incríveis proporções. A corte não escolhe: homens, mulheres e crianças vão ficando pelo chão. Ao raiar do dia 7 de fevereiro de 1694, só há mortos e feridos. Os homens de Domingos Jorge Velho começam a procurar Zumbi, mas não encontram seu corpo.
Mais de um ano depois, um negro, prestes a ser executado, troca sua vida pela informação do paradeiro de Zumbi. E assim foi: o encontraram e renderam com mais de vinte homens e no dia 20 de novembro de 1695, André Furtado de Mendonça corta a cabeça daquele que foi o mais destemido rei e guerreiro, neto da princesa Aqualtune: nascido livre e morto por querer a liberdade de seu povo.
Um herói brasileiro. A notícia se espalhou entre os milhares de escravos que não acreditaram: Zumbi morto? Impossível! Um deus da guerra não pode morrer.E do fundo das noites cantavam para dar força e vigor ao rei de Palmares: "Zumbi, Zumbi, oia Zumbi..."
Fonte: www.portalafro.com.br/zumbi1.htm
Ainda bebê, Zumbi sobreviveu a um massacre, e um comandante o levou para Porto Calvo, deixando-o sob os cuidados do padre Melo.O padre acabou se tornando pai e mãe do bebê. Comprou uma escrava de seios fartos para amamentá-lo, batizou-lhe Francisco, porque "era manso e inteligente como o santo que conversava com os animais". Ensinou matemática, histórias da bíblia e latim a Francisco, que chegou a coroinha.
Enquanto Palmares cresce e se fortalece, também assim acontece com Zumbi, em Porto Calvo. Porém, aos quinze anos, resolve se emancipar e parte em busca de seu destino, e este estaria mata adentro, muitas léguas dali. Em algumas versões da história de Zumbi, ao chegar em Palmares, ele escolhe seu próprio nome. Aos dezenove anos, era chefe de um mocambo (ou aldeia). Ativo e muito instruído para a época, ganha a confiança de todos e é nomeado o comandante das armas pelo seu tio Ganga Zumba, na ocasião o líder supremo de Palmares.Nas lutas travadas entre os negros, em 1674, Zumbi surge como grande guerreiro, chefe valente, disposto a tudo. Nesse combate, o jovem chefe leva dois tiros, ficando coxo, mas continua a combater.
Seu nome e sua coragem começavam a virar lenda. Porém, alguns mocambos foram sendo derrotados e muitos negros acabavam por se entregar. Após Ganga Zumba ter aceito o acordo proposto pelo governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que dizia que os negros e índios nascidos em Palmares se tornariam livres, e os que fossem fugidos deveriam voltar a seus donos, ele volta feliz a Palmares, mas Zumbi não concorda.
Para ele, não se trata somente de viver livre, mas de libertar os ainda escravos. É a prudência e a sabedoria de Ganga Zumba contra a ousadia e o entusiasmo de Zumbi. Ganga Zumba é morto por envenenamento e a suspeita caiu sobre o próprio Zumbi, que ocupa o lugar do rei. Até mesmo os portugueses reconheciam : "Negro de singular valor, grande ânimo e constância rara".
Sua valentia era lendária dentro da cruel realidade de guerra, uma guerra onde os negros não conseguem mais armas ou pólvora, a não ser a que tomam do inimigo. O rei de Portugal ainda mandou oferecer as pazes a Zumbi duas vezes. Editais são espalhados por todas as vilas e vizinhanças. Poderia morar aonde quisesse, era só parar de lutar contra a escravidão: tem que ter escravo; sem escravo não tem açúcar, sem açúcar não tem Brasil, sem Brasil não tem Portugal.
Mas Zumbi pensava diferente: não precisa ter escravo; pode ter açúcar sem escravo, pode ter Brasil sem açúcar. E Portugal que se vire. Não havendo acordo, as lutas se acirraram. Zumbi resiste nas matas mês após mês, ano após ano. Em 1686, outro governador, nova tentativa. São vários grupos com mais de mil homens e com munição suficiente para uma guerra.
São comandados pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, que tomaria para si as terras de Palmares, caso conseguisse derrotar Zumbi. Foi uma guerra dura e sangrenta. Palmarinos haviam construído uma muralha enorme para proteger o quilombo, e do lado de fora, Zumbi mandou abrir um fosso, disfarçado com galhos e folhas. Quem tentava ser aproximar, caía lá dentro. Os palmarinos e suas mulheres, de cima das cercas, lançavam água fervente sobre os atacantes. De um lado para o outro, Zumbi gritava aos seus homens, convidando-os a morrer em liberdade.
Ele é baleado e mesmo assim continua lutando. Sua abnegada resistência levou a luta a se transformar em um massacre de incríveis proporções. A corte não escolhe: homens, mulheres e crianças vão ficando pelo chão. Ao raiar do dia 7 de fevereiro de 1694, só há mortos e feridos. Os homens de Domingos Jorge Velho começam a procurar Zumbi, mas não encontram seu corpo.
Mais de um ano depois, um negro, prestes a ser executado, troca sua vida pela informação do paradeiro de Zumbi. E assim foi: o encontraram e renderam com mais de vinte homens e no dia 20 de novembro de 1695, André Furtado de Mendonça corta a cabeça daquele que foi o mais destemido rei e guerreiro, neto da princesa Aqualtune: nascido livre e morto por querer a liberdade de seu povo.
Um herói brasileiro. A notícia se espalhou entre os milhares de escravos que não acreditaram: Zumbi morto? Impossível! Um deus da guerra não pode morrer.E do fundo das noites cantavam para dar força e vigor ao rei de Palmares: "Zumbi, Zumbi, oia Zumbi..."
Fonte: www.portalafro.com.br/zumbi1.htm
Olhos Coloridos
Sandra de Sá
Composição: Macau
Sandra de Sá
Composição: Macau
Os meus olhos coloridos .Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha .E não posso mais fugir...
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Tá todo mundo baratinado
Também querem enrolar...
Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso...
A verdade é que você (Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará crioulo...
Sarará crioulo
Sarará crioulo...(2x)
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Que eu tô sempre na minha
Não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar...
Cê ri! Cê ri da minha roupa
Cê ri do meu cabelo
Cê ri da minha pele
Cê ri do meu sorriso...
Mas verdade é que você (Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará crioulo...
Sarará crioulo
Sarará crioulo...(3x)
COMEMORA-SE HOJE (20/11)
- Argentina reconhece a república do Brasil, tendo sido a primeira nação a fazê-lo (1889)
- Dia da Industrialização da África
- Dia da morte de Zumbi (1695)
- Dia da Proclamação dos Direitos da Criança (ONU)
- Dia do Auditor
- Dia do Biomédico
- Dia do Profissional Liberal Universitário
- Dia Nacional da Consciência Negra