Educação Infantil: Creche (0 a 3 anos): Desafios corporais

Atividades Infantis, Pedagogia

Movimento: por que ele é tão importante

Confira como organizar o espaço da creche com a finalidade de estimular a linguagem corporal para impulsionar o desenvolvimento físico e cognitivo dos pequenos

Com apuração de Márcia Scapaticio (novaescola@fvc.org.br). Editado por Beatriz Vichessi

Movimento: por que ele é tão importante. Foto: Raoni Maddalena
Um dos primeiros movimentos que os bebês executam logo ao nascer é sugar. Com o passar do tempo, o repertório aumenta e é aperfeiçoado com base no contato com o entorno, as pessoas e os objetos. Essa oportunidade é importante para garantir a sobrevivência dos pequenos e a comunicação deles com o ambiente antes da aquisição da linguagem oral. Por meio de gestos, eles exploram e conhecem o mundo em que vivem. Esse estágio foi descrito como sensório-motor (ou projetivo) pelo médico, psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962).

Na creche, trabalhar a temática do movimento requer planejamento. A ausência de berços, somada a atividades de dança que envolvem gestos repetitivos e coreografados e os tradicionais circuitos que desafiam a turma a descer, subir, rolar, entrar e sair, é interessante. Mas é preciso garantir ainda mais, pensar em propostas que desafiem as crianças constantemente a ir e vir, a explorar ações que ainda desconheçam, a experimentar sensações e a conhecer o próprio corpo, possibilidades e limites. Para isso, organizar a sala com elementos pertinentes e espaços livres é essencial.

Atividade permanente: desafio corporal

A importância de rolar, pular e dançar


Não existe uma fórmula para criar um ambiente corporalmente desafiador. No entanto, bons exemplos podem ajudar, mostrando como o espaço deve ser organizado para favorecer a pesquisa de movimentos e a estimulação dos sentidos da criançada. A foto acima apresenta uma das salas da CEI Nossa Senhora das Graças. Observe que a diversidade é contemplada para além do tipo de objeto. A disposição e o tamanho de cada um são pensados pelos educadores.

Essa preocupação, de acordo com o livro Educação de Bebés em Infantários (Jacalyn Post e Mary Hohmann, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 380 págs., edição esgotada), é importante para incentivar diversas interações. Objetos grandes e pequenos, colocados no alto e mais próximos ao chão, permitem que os bebês investiguem meios de alcançar todos eles. Além disso, garantir que na sala existam peças grandes, como as de mobiliário, evita que eles vejam o adulto como um gigante.

Além de garantir um bom trabalho com movimento, essas intervenções rendem frutos para a construção e o desenvolvimento da autonomia e da identidade, outro eixo fundamental na Educação Infantil. Segundo Ana Lúcia Bresciane, psicóloga e formadora de professores, o desenvolvimento motor favorece as descobertas e a expressão de sensações e sentimentos, promovendo a comunicação segundo as marcas simbólicas, próprias da cultura infantil. Nara de Oliveira, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), completa: "Pensar de forma opositiva, corpo versus mente, só reforça estereótipos". Então, aproveite ao máximo as oportunidades de pôr a turma para se mexer.

Com apuração de Márcia Scapaticio (novaescola@fvc.org.br). Editado por Beatriz Vichessi

Investindo na Educação

Por que o Brasil precisa investir mais em Educação?

O país tem uma dívida histórica com seu sistema educacional. Para saná-la, são necessários muito dinheiro e boa gestão


 Por que o Brasil precisa investir mais em Educação? Ilustração: Benett
O projeto de lei que instaura o novo Plano Nacional de Educação (PNE) deveria ter entrado em vigor no início de 2011. Mais de dois anos depois, o texto ainda aguarda o fim da tramitação. Um dos principais motivos do atraso é a polêmica em torno da meta número 20, que define o valor a ser investido em Educação até o final dos dez anos de vigência do PNE.

Três correntes se enfrentam nessa discussão: além dos defensores do investimento equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) - proposta aprovada na Câmara dos Deputados, em discussão no Senado até o fechamento desta edição -, há aqueles que trabalham por um percentual menor, entre 7 e 8%, e uma terceira vertente que afirma ser desnecessário ampliar o valor atual.

O principal argumento desse último setor se apoia em uma conclusão equivocada, obtida com base em dados verdadeiros. Atualmente, o Brasil e a Coreia do Sul investem praticamente o mesmo percentual do PIB em Educação (4,97 e 4,63%, respectivamente, segundo dados do IMD World Competitiveness Yearbook 2012). Apesar disso, o país asiático figura entre os mais bem colocados nos rankings do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), enquanto nós ocupamos a amarga 53ª posição. Surge, então, a pergunta: se investimos o mesmo, por que apresentamos resultados tão diferentes?

Recursos gastos por ano com cada estudante da Educação Básica à SuperiorA melhor maneira de responder a essa questão é desfazer uma confusão de conceitos econômicos presentes na comparação: Brasil e Coreia não investem o mesmo. Utiliza-se o percentual do PIB como referência para obter a dimensão do esforço que cada país faz para garantir um ensino de qualidade.

Contudo, essa informação não pode ser a base para contrapor diferentes países, pois desconsidera particularidades importantes. Por exemplo: se dividirmos os PIBs da Coreia do Sul e do Brasil pelo número de habitantes de cada país, o valor per capita obtido será de 32,4 mil dólares anuais para os coreanos e 12 mil para os brasileiros.

Com base nessa ideia, o relatório Education at a Glance, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), propõe uma análise mais justa. Segundo o documento, o Brasil gasta, em média, 2.647 dólares por aluno por ano (incluindo Educação Básica e Superior). Na Coreia do Sul, o valor é mais de três vezes maior: 8.542 dólares (veja o gráfico abaixo).

Investimento por aluno
Recursos gastos por ano com cada estudante da Educação Básica à Superior*
Fonte OCDE. * Em dólares PPP (poder de paridade de compra), fator de conversão que leva em conta o poder de compra da moeda em cada país e não apenas a taxa de câmbio entre as diferentes moedas.
A comparação entre Brasil e Coreia desconsidera também as diferenças entre os sistemas de ensino dos dois países. Nós precisamos arcar ainda com dívidas acumuladas durante mais de um século de descaso com a Educação pública.

Essa dívida se traduz no fato de que apenas 35,5% da população brasileira tem 11 anos ou mais de estudo - período equivalente ao Ensino Fundamental e ao Médio - e que 16% dos jovens entre 15 e 17 anos não frequentam a escola, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011. Isso sem contar o enorme déficit no atendimento da Educação Infantil. Incluir todos no sistema educacional demanda dinheiro. Construir escolas, instalar quadras, laboratórios de informática e bibliotecas, ampliar o sistema de transporte escolar, aumentar a grade docente são apenas alguns dos gastos que teremos nos próximos anos.

Apesar das diferenças, é possível usar a Coreia do Sul como exemplo do que ainda é preciso fazer. Na década de 1970, o país investiu pesado na instrução de seu povo, o que possibilitou uma garantia de estabilidade para o desenvolvimento econômico. O livro South Korea in the Fast Lane (Young-Iob Chung, 480 págs., Oxford University Press, oxfordscholarship.com, 20,93 dólares, sem tradução para o português) mostra que o país chegou a gastar, em 1973, 9% do seu PIB em Educação. Com os atrasos superados, a Educação consolidada e uma economia forte, esse percentual pôde ser reduzido gradativamente.

É fácil entender o porquê disso. Construir infraestrutura e educar um batalhão de jovens e adultos que não puderam frequentar escolas na idade correta são gastos temporários, que diminuem com o passar dos anos. A população brasileira está ficando mais velha e o número de crianças e jovens em idade escolar será menor no futuro, permitindo que o investimento por aluno aumente. É o chamado bônus demográfico.

Alguns gastos, entretanto, precisam ser colocados no planejamento de longo prazo, principalmente os relacionados ao pagamento dos professores. O Brasil tem de abrir a carteira e garantir, além do cumprimento da Lei do Piso, planos de carreira que incluam o aumento na remuneração média dos profissionais da Educação. Também é necessário contratar mais docentes e criar programas consistentes de formação continuada para quem já está na ativa.

O Ensino Superior, que não é nada barato aos cofres públicos (cada aluno custa, por ano, 11.740 dólares), é outro segmento que carece de investimentos em larga escala. Além de facilitar o acesso a esse nível educacional e estabelecer políticas que garantam a permanência dos estudantes na universidade, é urgente a necessidade de expandir a rede pública sem permitir que haja queda na qualidade. A mais positiva consequência dessas ações é a melhora na formação inicial dos professores da Educação Básica.

Diante desses fatos, fica claro que precisamos de um aumento expressivo na quantidade de recursos destinados à Educação. Cabe ao governo colocar a área como prioritária e estudar alternativas para ampliar o investimento, garantindo mecanismos legais capazes de aumentar o percentual repassado às redes públicas, sem onerar a população, em especial, os mais pobres.

Vale lembrar, por fim, que o dinheiro por si só não é capaz de resolver de forma mágica nenhum dos problemas de nosso ensino. Para que isso aconteça, é preciso garantir a boa gestão do investimento. No mês em que se comemora o Dia da Educação (28 de abril), é importante lembrar que pais, alunos, professores e o poder público têm a obrigação de acompanhar a aplicação dos recursos e fiscalizar as contas para garantir que o dinheiro vá para as áreas de maior prioridade

Publicado em NOVA ESCOLA Edição 261ABRIL 2013.

Atividades Dia das Crianças: Animais feitos de Bexigas

Animais feitos com Bexigas 2

sábado, 29 de junho de 2013

Oie!!!

Postamos aqui mais algumas ideias para fazer animais usando apenas bexigas... Pra quem gostou da ideia veja também esta postagem: Bichinhos feitos com bexigas. Linda dica para trabalhar com a turma do maternal... Estas dicas são indicadas para serem realizadas como lembrancinhas para o dia das crianças e dia dos animais... 

 DICA: as bexigas podem ser cheias não somente com ar. Se você fazer o enchimento com polvilho ou trigo fica mais resistente e ótimo para as crianças apertarem. Tente!

Decorando bexigas para o Dia das Crianças

sábado, 29 de junho de 2013

Oi gente!!!

Hoje eu quero postar uma dica simples para ajudar na decoração da sua sala ou festa. Usando canetinhas coloridas, pincéis, tiras de crepom e mais alguns apetrechos, você decora bexigas de forma simples e obtém um resultado fantástico para sua decoração da festa.

Veja só estes palhacinhos, como ficaram lindos! O mais legal é que ainda dá pra pedir ajuda para as crianças... Capriche!
Fica a dica da revista Maestra Jardinera.

Sopra bolinhas com garrafa pet

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Outra atividade feita com reciclagem de garrafa pet e retalhos de EVA...

Que tal fazer um sopra bolinhas muito divertido de cachorrinho. Ideia super criativa do Professor Sassá, não se preocupem tem passo a passo!!!
Atenção para o passo a passo, confira as imagens!
Créditos para o Professor Sassá.



 Tem moldes!!!

atividades maternal

Dia das Crianças - Gelatina com bichinhos na Colher

Gelatina com bichinhos na Colher

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Gelatina é uma ótima ideia pras crianças, além de ser super barato... E olha que legal a ideia que estou postando: se você enfeitar os cabinhos das colheres, além de se refrescar eles ainda vão poder brincar... Ótima dica para trabalhar na Primavera eDia das Crianças!
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Créditos: Revista Guia da Professora

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